terça-feira, 30 de janeiro de 2024

I.A - Rewind Pendant: Um colar com inteligência artificial


Olá pessoal, tudo bem?

Já imaginou um acessório que você pode usar no seu dia-a-dia como parte de sua vestimenta e que este acessório pudesse capturar tudo o que você fala e ouve durante o dia?

Essa é a promessa de uma startup norte-americana misturando um acessório convencional e a I.A.

Você pode me dizer: "Mas meu celular já faz isso! É só colocar ele para gravar."

Ok! Eu compreendo, mas vamos pensar aqui numa sequência mínima de passos para isso:

  • Pegar o celular (pode ser no bolso, em outro cômodo da casa, em outra sala no escritório, na bolsa, etc);
  • Desbloquear a tela;
  • Abrir o aplicativo de gravação de voz;
  • Clicar para iniciar a gravação;
  • Ao terminar, clicar para parar a gravação e salvar;
  • As vezes ter que escolher o local de gravação;
  • Ouvir tudo de novo na hora que precisar resgatar algum item, ou melhor, ter até que caçar em que momento de uma conversa algo que você precisa foi falado;
Pode não parecer tanto trabalho assim fazer todos esses passos, mas agora imagine fazer isso várias vezes ao dia?
Imagine também se você esquecer de fazer isso ou se atrapalhar na hora de salvar e perder a gravação?
Pois é, tudo isso pode acontecer.

O Rewind Pendant resolve isso!

Ele consegue capturar tudo o que você fala e ouve durante o seu dia-a-dia.

Ao fazer isso, o Rewind Pendant transcreve, resume as conversas e armazena tudo no seu celular.

São muitas as possibilidades:
  • Data e/ou escopo de um projeto que foi abordado em uma reunião que você participou;
  • Um agendamento médico;
  • As possibilidades de data de um evento que você precisa avaliar depois;
  • Conteúdo de uma aula que você assistiu;
  • Um evento/palestra que você assistiu;
  • Produtos que você precisa comprar;
Como gosto de comentar, as possibilidades são infinitas, uma vez que cada um pode pensar e adequar para o que faz sentido na sua rotina.

Ele aciona o algoritmo GTP-4. Isso mesmo, o mesmo algoritmo usado pelo ChatGPT.
Com isso ele pode analisar os dados e criar respostas que são exibidas no seu smartphone.

Vale reforçar, que para o pleno e correto funcionamento, ele precisa de acesso à todo conteúdo de voz, mas que segundo a startup não é um problema, uma vez que eles seguem e primam pela proteção dos dados pessoais gravados.

Mesmo que a I.A do Rewind Pendant rode na nuvem, a promessa é de que a resposta seja praticamente Instantânea.

O lançamento está previsto para 2024, o valor está por volta de $59 dólares (algo em torno de R$300,00 reais nos dias de hoje).

Essa é a imagem do Rewind Pendant

Para saber mais, segue o site do projeto: rewind.ai

Abs e até a próxima.
:wq!

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

IoT - Internet das coisas


Fala pessoal, tudo bem?

A Internet das Coisas, ou IoT (do inglês Internet of Things), é uma tecnologia que conecta dispositivos físicos à internet e permite que eles se comuniquem entre si. Esses dispositivos podem incluir desde eletrodomésticos, como geladeiras e lâmpadas inteligentes, até equipamentos industriais e automóveis.

A principal ideia por trás da IoT é tornar esses objetos mais inteligentes e autônomos, permitindo que eles coletem dados do ambiente a seu redor e tomem decisões com base nesses dados. Por exemplo, um termostato inteligente pode detectar a temperatura ambiente e ajustar automaticamente o aquecimento ou resfriamento de um ambiente, garantindo o conforto e economizando energia.

Essa tecnologia possui potencial para impactar diversas áreas, como saúde, agricultura, transporte e segurança. Ela oferece a possibilidade de monitorar e controlar sistemas remotamente, otimizando processos, melhorando a eficiência e trazendo maior conveniência para as pessoas.

No entanto, a IoT também apresenta desafios, como a segurança dos dados e a privacidade, uma vez que muitos dispositivos estão coletando informações pessoais dos usuários. Portanto, à medida que a IoT continua a se expandir, é importante garantir que haja medidas de proteção adequadas em vigor.

Resumindo, a IoT é uma tecnologia que conecta dispositivos físicos à internet, per mitindo que eles troquem informações e tomem decisões autônomas. Ela tem o potencial de trazer benefícios significativos, mas também requer atenção à segurança e privacidade dos dados.

Legal! Mas como esses dispositivos IoT funcionam? 

Vou compartilhar aqui um modelo de arquitetura IoT direto do site da Microsoft:




Os dispositivos IoT funcionam com base em uma combinação de hardware, software e conectividade à internet. Eles são equipados com sensores que coletam dados do ambiente ao seu redor, como temperatura, umidade, movimento, entre outros. Esses dados são então enviados para a nuvem, onde são processados e analisados.

Na nuvem, os dados são armazenados e podem ser acessados por meio de aplicativos ou plataformas específicas. Os dispositivos podem receber comandos e instruções da nuvem, permitindo que sejam controlados remotamente. Por exemplo, podemos usar um aplicativo em nosso smartphone para ligar ou desligar uma lâmpada inteligente.

Além disso, os dispositivos IoT podem se comunicar entre si, formando redes ou sistemas mais complexos. Essa comunicação pode ser direta, através de uma rede local, ou indireta, utilizando a internet para trocar informações. Isso possibilita a criação de soluções mais avançadas, como casas inteligentes, cidades inteligentes e sistemas industriais automatizados.

Além dos sensores, os dispositivos IoT também podem ser equipados com atuadores, que são responsáveis por executar ações com base nas informações coletadas. Por exemplo, um sensor de umidade pode enviar um sinal para um atuador que aciona um sistema de irrigação para regar uma planta quando o solo estiver seco.

No geral, os dispositivos IoT funcionam através da coleta de dados, processamento na nuvem, troca de informações e controle remoto. Essa arquitetura permite uma maior interconexão e automação, trazendo benefícios em termos de eficiência, praticidade e tomada de decisão baseada em dados.

Segue alguns dos principais exemplos de uso  de IoT:

Cidades Inteligentes: Sensores são utilizados para monitorar e otimizar o uso de recursos, como iluminação pública, gestão de tráfego e coleta de resíduos.

Saúde Conectada: Dispositivos IoT como monitores de saúde, sensores vestíveis e aparelhos médicos conectados facilitam o monitoramento remoto de pacientes e a coleta de dados para diagnósticos mais precisos.

Agricultura de Precisão: Sensores agrícolas monitoram condições do solo, clima e crescimento das plantas, permitindo uma gestão mais eficiente e sustentável da produção agrícola.

Manufatura Inteligente: Na indústria, a IoT é usada para otimizar processos de produção, realizar manutenção preditiva de equipamentos e melhorar a eficiência operacional.

Casas Inteligentes: Dispositivos domésticos conectados, como termostatos, câmeras de segurança, eletrodomésticos e assistentes virtuais, proporcionam automação residencial e controle remoto.Esses são apenas alguns exemplos, pois a IoT tem uma variedade de aplicações em diversos setores.

Tá! Mas quais seriam os benefícios de usar IoT?
  • Eficiência Operacional: Automação e monitoramento contínuo permitem otimização de processos, reduzindo custos e melhorando a eficiência.
  • Tomada de Decisões Baseada em Dados: Coleta e análise de dados em tempo real proporcionam informações valiosas para decisões mais informadas e estratégicas.
  • Melhoria na Qualidade de Vida: Em setores como saúde e bem-estar, a IoT facilita o monitoramento remoto, diagnósticos precisos e tratamentos mais personalizados.
  • Sustentabilidade: Em áreas como agricultura e gestão de energia, a IoT ajuda a usar recursos de forma mais eficiente, promovendo práticas sustentáveis.
  • Segurança Aprimorada: Em setores como cidades inteligentes e automação residencial, a IoT contribui para a segurança por meio de monitoramento e resposta rápida a eventos.
  • Inovação em Produtos e Serviços: A IoT impulsiona a criação de novos produtos e serviços, proporcionando oportunidades para inovação e diferenciação no mercado.Esses benefícios destacam o impacto positivo da IoT em diversos setores, promovendo uma sociedade mais conectada e eficiente.
Concluindo, Internet das Coisas (IoT) representa uma revolução tecnológica que transcende a mera conectividade, transformando a maneira como interagimos com o mundo. Ao conectar dispositivos e sensores, a IoT impulsiona a eficiência operacional, promove a sustentabilidade, melhora a qualidade de vida e impulsiona a inovação em diversos setores. Contudo, é crucial abordar desafios relacionados à segurança e privacidade para garantir o pleno aproveitamento dos benefícios oferecidos pela interconexão inteligente. A IoT continua a moldar o futuro, prometendo um mundo mais inteligente, eficiente e conectado.

Abs e até a próxima.
:wq!

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Monero - Mineração de criptomoeda com um Raspberry!



Fala pessoal, tudo bem?

Uma das coisas que acho fantástico na tecnologia é a infinidade de criações que são possíveis.
São tantas áreas e avanços que contemplam esse mundo, que realmente ficaríamos horas e horas conversando e o assunto não teria fim.

Um assunto que acho muito legal, é quanto as criptomoedas. Claro que isso é minha humilde opinião. 

Mas o que são criptomoedas?

São formas de moeda digital que utilizam criptografia para garantir transações seguras e controlar a criação de novas unidades. Aqui estão alguns pontos-chave:
  1. Moeda Digital Descentralizada: São ativos digitais que existem apenas em formato eletrônico e não são emitidos por governos ou bancos centrais. Em vez disso, são descentralizadas, operando em uma rede de computadores através de tecnologias como blockchain.


  2. Blockchain: A maioria das criptomoedas utiliza o blockchain, um registro público e imutável de todas as transações feitas com essa moeda. O blockchain é formado por blocos de transações encadeados de forma segura e cronológica.


  3. Segurança e Criptografia: As transações e a criação de novas unidades de criptomoeda são protegidas por criptografia avançada. Isso garante a segurança e autenticidade das transações, permitindo a transferência de fundos de forma confiável e transparente.


  4. Decentralização e Consenso: As criptomoedas geralmente operam em uma rede descentralizada, o que significa que não há uma autoridade central controlando as transações. O consenso entre os participantes da rede é alcançado por meio de protocolos específicos, como o Proof of Work (PoW) ou Proof of Stake (PoS).


  5. Diversidade e Uso: Existem milhares de criptomoedas, cada uma com suas características e propósitos distintos. Algumas são usadas como investimento, outras para transações do dia a dia e outras ainda para aplicações específicas, como contratos inteligentes.


  6. Volatilidade e Speculação: O mercado de criptomoedas é conhecido por sua volatilidade. Os preços podem variar significativamente em curtos períodos, o que torna o investimento em criptomoedas um campo de alto risco e muitas vezes especulativo.

Em resumo, as criptomoedas são formas digitais de dinheiro que operam em uma rede descentralizada, usando criptografia para garantir segurança e permitir transações entre usuários sem a necessidade de intermediários tradicionais, como bancos.


O intuito desse post não é dar uma visão ampla sobre criptomoedas, nem muito menos recomendar que você compre, venda, minere criptomoedas, nem recomendar o uso de qualquer exchange ou carteira onde você pode armazenar suas criptomoedas. Mas sim, trazer de uma forma bem legal do uso da tecnologia para isso.

Para esse "laboratório" nós vamos precisar:
  • Um Raspberry PI 3 ou 4;
  • Cartão SD;
  • Fonte de alimentação para seu Raspberry PI;
  • Uma cold wallet para Monero (cripto que iremos abordar nesse laboratório);
  • E um pool para que possamos fazer parte da blockchain de mineração de Monero;
Mas é possível isso?
A resposta é SIM!!!

Mas o que é Monero?

Monero é uma criptomoeda que se destaca por sua ênfase na privacidade e anonimato das transações. Ao contrário do Bitcoin, que é pseudo-anônimo, as transações na rede Monero são completamente privadas e não rastreáveis.

Como funciona:

  1. Privacidade: A Monero utiliza um protocolo chamado "Ring Confidential Transactions" (RingCT) e "Ring Signatures" para mascarar o remetente, o destinatário e o valor da transação. Isso é feito misturando as transações de várias fontes, tornando praticamente impossível rastrear uma transação específica.


  2. Ring Signatures: Esta tecnologia mistura as chaves de assinatura de várias transações, tornando impossível identificar qual chave específica foi usada para assinar a transação.


  3. RingCT: Ele oculta o valor das transações, permitindo que as transações sejam verificadas sem revelar o valor exato transferido.


    Proof of Work (Prova de Trabalho): Assim como o Bitcoin, a Monero usa um sistema de mineração para adicionar novas transações ao blockchain. No entanto, a Monero utiliza um algoritmo de mineração diferente (CryptoNight), que é otimizado para ser executado em CPUs comuns, tornando a mineração mais acessível para usuários comuns.

No geral, a Monero se concentra em fornecer um alto nível de privacidade e fungibilidade, onde cada unidade de moeda é indistinguível das outras. Isso a torna atraente para aqueles que valorizam a confidencialidade nas transações financeiras.


É isso mesmo, com isso já podemos iniciar a mineração das nossas próprias criptomoedas.
Vale reforçar que não é aquele poder de mineração igual temos com Bitcoin, por exemplo. Esse tipo de mineração precisamos de placas potentes, sistemas de refrigeração ... considerando que tudo isso gasta-se muita energia também.

A mineração do Monero é mais modesta e "simples", tanto que podemos fazer isso com um Raspberry. 😬

Então não espere ter milhões do dia pra noite, nem valores expressivos ...
A ideia aqui é didaticamente inserir o assunto e ainda por cima usufruir desses recursos tecnológicos e mostrar para o que podemos usar. Ok, se você pensou: "Baita coisa de nerd isso!!!"... Pois é... você entendeu... rsrs

A preparação do Raspberry você pode seguir esse procedimento: Instalando o Raspberry PI

Após a configuração do Raspberry, vamos acessa-lo via ssh e para isso você pode utilizar a ferramenta de sua preferência (Putty, CMD, terminal, etc).

No meu caso, vou utilizar o terminal do MacOS conectando por SSH.

Primeira coisa a se fazer é atualizar os repositórios do Raspberry. Para isso vamos digitar o comando:

$ sudo apt update



Agora precisamos fazer os pré-requisitos, que nada mais é do que instalação de alguns pacotes/programas:

$ sudo apt install git build-essential make libuv1-dev libssl-dev libhwloc-dev -y



Agora vamos fazer o clone do repositório do Git com o programa que vamos usar para fazer a mineração:

$ git clone https://github.com/xmrig/xmrig.git



Com o comando "ls -la", podemos ver que agora temos um diretório/uma pasta com o nome xmrig.


Para entrar no diretório xmrig, vamos utilizar o seguinte comando cd e em seguida vamos precisar criar um novo diretório chamado build com o comando mkdir. Dessa forma:

$ cd xmrig ; mkdir build



Esses outros arquivos e diretórios, eles já existem pois foram clonados através do comando git, ok?

Agora, nós vamos precisar entrar no diretório build que criamos e rodar um comando do linux para compilar o programa. A grosso modo, esse comando vai pegar os arquivos que estão nesse diretório do xmrig e criar nosso programa para mineração.

$ cd build ; cmake ..



Em seguida:

$ make



É normal demorar um pouco, teremos que esperar a compilação do programa finalizar.


Um ponto importante além de minerar uma criptomoeda, é o local onde ela será armazenada.
Vamos entender aqui alguns pontos:

O programa que estamos compilando no Raspberry será responsável por participar em pool de mineração, neste caso da cripto Monero, mas essas quantidades de cripto que você minerar no pool não podem ficar lá. De certo modo não é correto e seguro, então é recomendado que dado algumas quantidades mineradas você as transfira para sua carteira. 

Pode ser uma exchange? Pode! Mas também não é recomendado.

Uma exchange é o equivalente a uma corretora para troca, compra e venda de criptomoedas. Exemplo: Binance, Foxbit, Mercado Bitcoin, etc.
Algumas cobram taxas de transação (acho que todas na verdade), cobram pela transferência... mas acontece que você precisa delas para negociar suas criptos. Posso deixar tudo lá? Pode! Mas é por sua conta e risco. Se ocorrer algum problema com a exchange, você pode ser impedido de sacar, transferir, etc. Se a exchange for hackeada também... pode acontecer de você perder todas as suas criptos.

Aqui no nosso laboratório, nós vamos instalar uma carteira específica para receber os Moneros que forem minerados.

Você pode baixar acessando o link https://www.getmonero.org/, Downloads, Monero Gui Wallet:


Indo um pouco mais para baixo nessa tela de Downloads, você irá escolher a opção de acordo com seu sistema operacional.

Basicamente a instação é NNF (Next, Next, Finish).

Após a instalação você precisará abrir a Wallet e fazer a configuração dela.

Clicar na opção para criar uma nova carteira:



Defina um nome:


Na tela seguinte irá aparecer um conjunto de palavras que será necessário você salvar (tira foto, manda por e-mail, salva num Drive da vida... sei lá) ... mas você vai precisar disso caso queira recuperar em algum momento sua carteira e suas criptos.
A própria Wallet vai fazer um teste no passo seguinte para ver se você anotou tudo certinho.




Será necessário criar uma senha para a Wallet:


E por fim, clicar em "Create Wallet":


Podem ficar em paz, como eu criei essa carteira apenas para poder tirar os prints, ela não foi finalizada hahaha

Bem, agora nós precisamos fazer parte de um pool de mineradores. Para este caso, eu utilizei o https://moneroocean.stream/

Mas por que precisamos usar um pool de mineração?
Acontece que mesmo sendo possível a mineração de forma mais fácil da cripto Monero, mesmo podendo utilizar um Raspberry para isso, ele não tem grande poder computacional. Deste modo, se unir a um pool, faz com que as coisas acontecem de forma mais rápida. Unindo forçar, esse poder de processamento aumenta e assim conseguimos mais blocos minerados com um intervalo de tempo menor do que se fosse tudo feito sozinho.

Agora, nós vamos precisar juntar essas três pontas: o software que compilamos no Raspberry, o endereço do pool de mineração de Monero e o endereço da sua Wallet para que sejam feitos os depósitos dos seus Moneros.

Para isso, precisamos voltar no Raspberry e executar o seguinte comando:

Dentro daquela pasta build que compilamos o programa, Ok?

$ ./xmrig -o gulf.moneroocean.stream:10128 -u 438748DUuohdsoa8dsd80890948e9w8re90f0dsf89dsf0sd98r9djjadpaida9du9a0dua09sdu09asud0as9du0asud9u -p piJP

Onde: 
  • ./xmrig - é o formato para execução de programas de mineração;
  • -o - parâmetro para fornecermos o endereço do pool de mineração que neste caso é o gulf.moneroocean.stream na porta de comunicação 10128
  • -u - é o endereço da sua walleta. Isso mesmo, aquela que instalamos e configuramos. O endereço dela você consulta no menu do lado esquerdo "Receber" -> "Endereço" -> "Endereço primário"
  • -p - parâmetro para identificação dos mineradores dentro do pool. Neste caso eu coloquei como piJP, mas você pode escolher qualquer outro nome que faça sentido para você
Ao final, você deverá ver um resultado semelhante à esse:


Para acompanhar seu progresso quanto a mineração, você acessar o site do pool https://moneroocean.stream/ e onde aparece o campo "Your Monero Address ...", você adiciona o endereço da sua Wallet que foi o mesmo utilizado com o comando xmrig.

Vai demorar um tempo até processar e atualizar a página e até você conseguir suas primeiras criptos. 

Estes serão os campos onde o XMR Total Que foi o total minerado e XMR Paid é o valor que você já transferiu do pool para sua carteira.

Pontos importantes!

  1. Você pode ajustar o valor a ser transferido automaticamente para sua carteira quando ele for atingido, porém, o Monero Ocean cobra uma pequena taxa para isso (até aí OK, eles mantém todo pool de mineração);
  2. Existem um valor mínimo para poder fazer a transferência;
  3. Você pode criar envio de e-mails para acompanhar isso;
Clicando neste botão:


Você terá acesso a parte de configuração de threshold e pagamento:


Outro ponto importante!

Quando você transfere suas criptos do pool para sua carteira, eles são seus de fato e estão salvos no seu computador.
Posso perde-las? Sim, sempre pode! Basta você esquecer a senha, as palavras de recuperação, se seu computador for invadido e seus dados criptogrados também, mas de fato, é a forma mais segura de se manter e salvar suas criptos.

Não vou entrar no mérito de carteiras do modelo cold Wallet, isso fica pra próxima.

Entendido isso, fica uma dúvida agora: "Mas como então eu posso vender ou trocar meus Moneros?"

Você precisa transferi-las da sua Wallet para uma Exchange e lá dentro você faz tudo isso.
Este passo fica complicado de mostrar, por que cada exchange tem seu layout e opções, então vai depender da qual foi escolhida por vocês. Inclusive se tal Exchange tem a cripto Monero no seu portfólio. 

Mas basicamente, na wallet do seu computador, você vai no menu "Enviar" -> No campo endereço você irá informar o endereço da sua conta na Exchange (algumas criam endereços diferentes pra cada cripto) -> clicar em Enviar.


É isso.
Espero que todos se animem de explorar a mineração de Monero e fazer todo esse procedimento. 😃

Reforçando... isso é legal demais!!! rsrs

Abs e até a próxima pessoal.
:wq!

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Raspberry PI - Instalando o Raspberry PI OS

Salve pessoal, tudo bem?

Uma das coisas mais legais que já criaram sem dúvidas é aquela plaquinha pequena, apenas com conexão USB, rede, HDMI, fonte de alimentação e com Wifi.

Isso mesmo, o Raspberry ...

Existe uma infinidade de coisas que podemos fazer com ele, dentre um desses usos está a mineração de criptomoedas.

Isso mesmo! Mesmo ele não tendo um elevado poder de processamento (se comparado com um PC ou Notebook) e praticamente nenhum se comparado com as mineradoras de Bitcoin, é possível com um Raspberry minerar criptomoedas.

A ideia aqui é primeiro mostrar como preparar um Raspberry, como instalar o Raspberry PI OS, como conectar ele na internet e como acessá-lo sem a necessidade de um monitor, teclado e mouse... E posterior, como prepara-lo para minerar uma cripto chamada Monero.

Para isso, vamos precisar:

  • 1 Raspberry PI (neste caso estou usando o 3);
  • O programa Raspberry PI Imager;
  • Um cartão SD para comportar o SO (aqui estou usando um de 16GB);
  • Uma fonte de alimentação para ligar a placa;
  • Um PC ou Notebook para baixar a imagem do PI OS, instalar o programa para gravação da Imagem, e entrada ou algum adaptador para conectar o cartão SD;
Aqui no meu exemplo, eu vou fazer utilizando um Macbook com MacOS instalado. Devido a isso, eu preciso utilizar um adaptador para conseguir conectar nele o cartão SD.

Mas vamos lá, tendo tudo em mãos... Vamos primeiro baixar a Imagem do PI OS direto do site do projeto: http://downloads.raspberrypi.org

Para facilitar, vou colocar direto o link para o diretório com as versões de imagem que podemos utilizar - http://downloads.raspberrypi.org/raspios_lite_arm64/images/


Aqui eu utilizei a versão mais recente que é essa abaixo:


Clique no respectivo nome de imagem para fazer download (2023-12-11-raspios-bookworm-arm64-lite.img.xz)

Assim que o Download finalizar, vamos baixar o Raspberry PI Imager, que é um programa para nos ajudar  nessa parte de gravar a imagem do PI OS no cartão SD.

Você pode baixar ele através do site oficial do projeto - https://www.raspberrypi.com/software/

Basta escolher a versão pertinente ao seu sistema operacional. Mas resumo da instalação ... NNF (Next. Next, Finish).

Assim que ele for instalado, vamos abri-lo:


Aqui, nos vamos focar em dois campos apenas: Operating System, onde iremos escolher a imagem que baixamos no primeiro passo e Storage, onde iremos escolher o cartão SD, que é o destino final onde o Imager vai fazer todo trabalho de instalação do sistema operacional.

Quando você clicar em Choose OS, iremos clicar em Use custom:


Vamos selecionar a imagem que baixamos:


Em seguida vamos clicar em Choose Storage:


Aqui cabe um ponto de atenção. É sempre bom tomar cuidado com o dispositivo a ser escolhido, se você tiver mais de um cartão SD conectado com PC ou Notebook, se você tiver algum pendrive, etc. Pois ao término do procedimento ele irá apagar tudo que existe gravado, OK?

Devemos chegar na tela de seleção com as seguintes informações:


Clicar em Next ...

Na tela seguinte, vamos clicar em Edit Settings:



Aqui iremos configurar nosso usuário e senha para acesso ao Raspberry PI OS, podemos colocar um hostname para ele, configurar a rede Wifi e habilitar o acesso SSH, que é o acesso remoto via linha de comando.


Hostname eu irei manter o padrão, que é raspberrypi, username vou colocar meu nome mesmo (joao), mas fique a vontade para colocar um username de sua preferência, uma senha para esse login (joao), o nome da minha rede Wifi e a senha para conectar nela.

Em services, eu apenas habilitei o acesso SSH.


Terminando de editar tudo, clicar em Save. E por fim, clicar em Yes para poder aplicar as alterações feitas e gravar tudo isso no cartão SD:


O Imager irá enviar um alerta, informando que tudo que está gravado (tendo ou não) neste cartão SD, será apagado.
Clique em Yes para continuar...


Agora é só acompanhar o processo de gravação da tela inicial do Imager:


Como vai demorar um pouco, sugiro que você tome um café! ☕

Quando terminar, você irá receber uma mensagem informando que você pode remover o cartão SD:


Agora que essa parte da gravação da imagem do PI OS terminou, você pode inserir ele na placa do Raspberry e ligá-lo na energia.

Como nós configuramos o Wifi, ele irá conectar automaticamente (pelo menos é isso que deve acontecer, dando tudo certo). 

Tá ... Mas como eu vou saber o IP que ele irá receber do meu modem Wifi?
Bem, para isso, você precisará conectar no seu modem através da central admin e ver na lista de IPs conectados o hostname que você deu para o seu Raspberry.


Agora você pode utilizar o CMD, Putty, terminal, qualquer outra ferramenta que você utilize para se conectar via SSH no Raspberry com o usuário e senha que você inseriu durante a configuração do Imager.


Pronto!
Já temos um Raspberry PI, com SO instalado, configurado para acessar a internet e com conectividade na nossa rede interna via SSH.

É isso...

O próximo post, iremos preparar esse carinha para minerar uma cripto chamada Monero.

Abs e até a próxima.
:wq!